16 05 Noticia PET PadroesClimaticosAs cenas registradas e algumas transmitidas em tempo real de pontes e estradas cedendo à força da correnteza no Rio Grande do Sul são a parte mais visível dos danos à infraestrutura causadas por eventos extremos. Os novos padrões climáticos têm imposto necessidade de adaptação do setor e de rever normas, padrões e incorporar a perspectiva climática para tornar a infraestrutura mais resiliente.

“Não falamos somente de chuva, estamos vivenciando ondas de calor com maior frequência”, explica a pesquisadora do Programa de Engenharia de Transportes da COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro Andréa Souza Santos. “A gente vai seguir fazendo o business as usual?”, pergunta sobre os desafios de reconstrução e de adaptação.

Santos é ponto focal indicado pela Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas (Rede Clima) para apoiar a construção do plano de adaptação do setor de transportes do Plano Clima e lembra que, em nível global, por muitos anos a agenda de adaptação foi colocada em segundo plano. “Sempre havia aquele olhar de futuro. Porque se pensava que conseguiríamos avançar na agenda de mitigação, o que não aconteceu. A mudança climática prosseguiu. A gente caminha para os cenários mais pessimistas. Vimos que não tem como fugir, precisa adaptar”, afirma a pesquisadora que colaborou como autora dos Terceiro e Sexto Ciclos de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre mudança do Clima (IPCC).

No Brasil, a pesquisadora participou do estudo AdaptaVias, que avaliou mais de 100 mil km da malha rodoviária e ferroviária federal para mapear os riscos atuais de impactos associados ao clima. O estudo considerou o risco atual e projetou os riscos para cenários para 2045 e 2065. Os resultados foram incorporados à plataforma AdaptaBrasil. “É uma primeira boa base de planejamento associado à mudança do clima”, relata.

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Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 

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