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07 04 PET O desafio das bicicletas elétricas Noticia2A crescente popularidade das bicicletas elétricas transformou a mobilidade urbana, mas também trouxe novos desafios para a segurança no trânsito. No Brasil, onde a infraestrutura cicloviária ainda é limitada, a convivência entre ciclistas convencionais e os usuários de modelos motorizados tem gerado preocupações, especialmente em cidades como o Rio de Janeiro.

O professor Glaydston Ribeiro, do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, alerta que a alta velocidade das bicicletas elétricas pode comprometer o tempo de reação dos usuários e aumentar o risco de colisões, principalmente em ciclovias estreitas e compartilhadas. “Essas vias não foram planejadas para esse novo tipo de mobilidade, e isso exige uma adaptação tanto na infraestrutura quanto na regulamentação”, explica.

Atento a essa realidade, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu regras para tentar equilibrar inovação e segurança. Entre as normas, a potência dos motores das bicicletas elétricas deve ser limitada a 350 watts, e a velocidade máxima permitida é de 25 km/h. “A regulamentação por si só não basta. É fundamental garantir a conscientização dos usuários e um monitoramento adequado para que as regras sejam realmente eficazes”, ressalta.

Para tornar o trânsito mais seguro e organizado, ele sugere algumas medidas essenciais:

Expansão da faixa cicloviária para pelo menos 4,5 metros;
Criação de faixas exclusivas para bicicletas elétricas em vias de tráfego intenso;
Implementação de zonas de baixa velocidade para maior segurança;
Reforço na sinalização e fiscalização, incluindo o uso de radares móveis específicos;
Campanhas educativas para conscientizar ciclistas e pedestres sobre o respeito às regras de trânsito.
Diante da rápida evolução da mobilidade urbana, é essencial que as cidades se adaptem para garantir que inovação e segurança caminhem juntas.

Fonte: COPPE UFRJ

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